Quanto vale a sua paz? O barato que sai caro

Quanto vale sua paz?  Em um primeiro momento, a resposta mais óbvia pode ser a de que ela é incalculável. Mas se a minha pergunta fosse outra e eu lhe questionasse quanto custou seu bem de consumo mais valioso? Certamente você saberia me informar até mesmo quantos centavos você utilizou para comprar seu carro, sua casa, sua moto ou até mesmo aquele aparelho eletrônico de última geração. Você sabe exatamente porque sua conquista foi fruto de seu trabalho, esforço e economias. Mesmo assim, parece incoerente quando algumas pessoas diante da possibilidade de garantir a segurança de um bem material afirmam que arcar com um seguro como algo ‘desnecessário’. Mas será mesmo?

Vamos considerar alguns dados antes de chegarmos a uma conclusão sobre se investir em um seguro, seja de um veículo ou de qualquer outro bem ou serviço, seria mesmo um desperdício de dinheiro ou um gasto supérfluo.  Vivemos num país onde os índices de criminalidade aumentam gradativamente nossa sensação de medo e insegurança.

Considerando o mercado de veículos, a cada um minuto um carro é furtado ou roubado no Brasil. Ou seja, enquanto você lê esse texto, dois veículos estão sendo levados à força das suadas mãos de seus donos. Os números são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública que 557 mil pessoas perderam seu veículo em 2016. E infelizmente, esse tipo de crime continua em alta no país. No ranking dos três estados com maior índice de roubo de veículos estão o Rio de Janeiro, Goiás e Porto Alegre.

Traduzindo essas estatísticas para a realidade, não se trata apenas de números, mas sim, de histórias de vida. Por trás de cada um desses mais de 550 mil casos, está uma pessoa que em minutos viu seu sonho de consumo ou seu instrumento de trabalho e mobilidade desaparecer, literalmente. E muito provavelmente nos primeiros minutos depois do acontecimento, 99% pensou na palavra seguro. Uns podem respirar aliviados (mesmo diante da sensação de terem sido lesados), por saber que apesar do susto poderão contar com uma segunda opção e um novo veículo. Já outros terão que amargar duplamente a perda e o arrependimento.

Sabe aquelas situações no cotidiano, quando conhecemos o real significado do famoso ditado ‘o barato que sai caro’. Sendo assim, podemos tentar responder à pergunta inicial deste texto com uma situação hipotética, mas que com certeza, muitos já vivenciaram. Final de semana e tudo que você quer é dar uma despretensiosa e relaxante volta no shopping com sua família, namorado, namorada, enfim, sua companhia preferida. Ao chegar no local, nas proximidades do estacionamento surge a dúvida: pagar a taxa do estacionamento ou deixar o carro em uma rua próxima sem nenhuma garantia de que você vai voltar para casa do jeito que chegou. Pensando friamente, vai valer mais a pena ter ‘gastado’ aqueles 15 reais ou não encontrar seu carro no lugar que você deixou?